quinta-feira, setembro 08, 2005

Todo o Carnaval tem um fim...

Yellow...
Escrevo de novo.
Cá estou. Na sala. Desta vez da casa dos papás. Viva a Tuga! Parto já no sábado.
Novidades (agora que já são oficiais): mais um emigra regressa à Pátria. Mais que à Pátria ao Porto, que é uma nação. Estou feliz e contente e etc...
Na perspectiva de ter um "optimus" futuro profissional :)
Para já excelente impressão dos novos colegas. Foi tempo de tirar os fatos do armário, deixá-los respirar, do cheiro à naftalina sair... Como é bom ir a entrevistas. Mas destas não há razões de queixa: interessantes. Começo em Outubro. Aí vai ser tempo de me livrar dos hábitos de emigrante: cortar a unha do dedo mindinho, deixar de comer torresmos e bifanas, deixar de dar um arroto ao almoço após beberricar a mini (não a mulher do Mickey... a mini é a cerveja Sagres - ou será SuperBock??? - em ponto pequeno... onde está a vossa costela de emigrante/ trolha/ adepto do Benfica???), passar aver o futebol em casa e não nos Lusitanos, sair menos durante a semana, gastar menos dinheiro em camisas e t-shirts (a propóstio de t-shirts, o Silva dos Lusitanos tem andado com uma deliciosa. Pintada à mão, com uma frase no peito em Letras garrafais: "Mãe das Focas". Não é giro o trocadilho? O gajo tem estilo: nem para fazer bifanas saca dos óculos de sol na cabeça e da bolsa metrosexual - nada a ver com o tamanho da sua genitália, calculo eu - a tiracolo. Fabuloso)...
Ontem tempo de estreia (para mim) na Casa da Música. Lutar contra o relógio com o extra de desta vez, saber à partida, que se chegasse atrasado ficava à porta. O Porto é uma cidade civilizada. Se prova fosse necessária leiam e babem-se:

Porto snobe
A penúltima edição do semanário francês «L’Express» faz um roteiro do snobe mais snobe para o leitor que se quer sempre «in». São 70 dicas, que incluem ter um estojo Dior para a pasta de dentes, viver numa casa desenhada por Brad Pitt, comprar sal de Caxemira (a 100 euros o quilo), perfumar o cãozinho com Ralph Lauren e vesti-lo com Burberry’s, comprar o novo «Larousse du Chocolat» (com 380 receitas, que incluem bombons de «foie-gras» e cacau quente)... e uma visita à Casa da Música, de Rem Koolhaas, no Porto, «a sala de concertos onde a Europa musical vai reencontrar-se». Tudo para garantir a escalada social.


Bem. Uma das 70 coisas já fiz... Parece aquela história que agora só me falta plantar uma árvore que eu contava às storas no 10º ano.
Mas estou a divagar... Os escolhidos para o meu momento chique foram os Los Hermanos. Do Marcelo Camelo (grande letrista, para quem não conhece o projecto vejam as 4 canções que este gajo escreveu para a Maria Rita) e do Rodrigo Amarante ( o Ruivo). A promoverem o último e quarto álbum chamado... "4". Que chega a Portugal em Outubro mas há anda no Soulseek há algum tempo. Maravilhosos estes tempos em que uma banda apresenta um álbum com saída em Outubro e assiste a uma multidão a cantar a altos berros as letras do mesmo. Telepatia? Nop.. Internet..
Lembras-te dos gajos Figas? Ouvíamos durante o dia em Porto Alegre. Têm uma música péssima e infeliz que toda a gente conhece e que eles já não cantam por vergonha: "Ana Júlia". Mas quem agora escreves coisas como

" Moça, olha só o que eu te escrevi... é preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai alem do que se vê
sei, que a tua solidão me dói.
e que é difícil ser feliz.
mais do que somos todos nós.
você supõe o céu"

"se a gente já não sabe mais rir um do outro meu bem então...
o que resta é chorar e talvez, se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas."

merece uma segunda, terceira ou quarta oportunidade.... O famoso Henrique Amaro da Antena 3, disse que o Marcelo Camelo era o próximo Chico Buarque, Diário Digital dixit. O menos conhecido Caetano Veloso (menos conhecido pois esta citação não apareceu no Diário Digital) considerou em 2003, quando eu vivi no País irmão né, que o álbum "Ventura" era o melhor brasileiro do ano. Voltando ao show... Excelente. Tirando os problemas técnicos. Boa acústica, sala cheia e pequena... grande concerto. Ainda bem que não fui ao cinema ver um filme parolo :) tou a brincar...

bem... vou dormir. em breve a gerência deste blog vai encerrar o mesmo. Já não vou estar em Amesterdão. a razão do mesmo existir desaparece... Já não vai ser "Bão" estar em Amesterdão. Mas antes disso algumas crónicas virão... fica a promessa. A próxima desde amesterdão. A pedir uma indeminização ao Scolari por danos materiais!
Há Braços
Hugo
PS: hoje, eu que sou cada vez mais um coração duro, fiquei contente. Um beijo para a Fabi. Fiquei contente com o teu cartão. é bom saber que mesmo com um oceano pelo meio as saudades perduram amiga... são mesmo impermeáveis. é a prova. a mensagem no cartão é um momento de poesia. boa menina.vou dormir....

5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Los Hermanos... claro que lembro! O menino aqui comprou o "Ventura" e o álbum ainda vai tendo algum érepelei na minha aparelhagem. Comprei depois de ouvir 1 ou 2 músicas na rádio gaúcha, de ouvir a banda sonora da "Lisbela e o Prisioneiro" (grande filme, um kill bill parolo feito no nordeste) e da tal recomendação do amigo Caetano (que, obviamente, tinhas de ser tu a me dizer).

8:14 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

E assim se sabem as aventuras homossexuais de figas e preto em POA. Por isso é que os cab***s dos banheiros daquele piso estavam sempre entupidos!

6:39 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Já tinha saudades!
E com grandes novidades...
Que dizer?!? Benvindo?!? Boa viagem de regresso ao nosso Porto! ;)

Fico à espera de notícias!

Beijinhos!

3:55 da tarde  
Blogger NSC disse...

Sò acho que não deves deixar os teus hábitos bloggeiros... Que tal um novo projecto pessoal?... Escrever faz-te bem!...

Ou então, se preferires, escreve umas crónicas para o Futebol de Ataque que a malta agradece... :-)

Bom regresso!...

4:02 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"Ana Julia" apesar da música, bons tempos passamos por aqui. Dia desses estive em um lugar que chamo de paraíso (futebol na tv, bebida liberada e principalmente mulheres em roupas diminutas - quando nelas). Perguntaram por ti: "onde anda aquele preto que abre a casa, dá uma volta e vem para fechá-la?". De fato foram bons tempos...

5:24 da tarde  

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