sexta-feira, outubro 05, 2007

(Pres)sentimentos

Apetece-me escrever. Escrevo para mim, para ti e para ti. Sem tema, sem obrigação. Por isso é que nunca terei jeito para a prosa. Nem para o compromisso.

O frio chegou à cidade. Aquecem-se as casas com o aquecimento central (moderado), as almas com sorrisos(controlados) , a gargantas com Jameson (moderadamente). “Whisky é o cachorro engarrafado. É o melhor amigo do homem”, já dizia o Poeta (o verdadeiro).

Mais uma bicleta roubada, outra comprada. Mais uns campos visuais, mais um quilo, menos meio. Mais um livro acabado (de ler), e outro começado (a ler). Mais um concerto.

Menos uns euros, menos duas ou 3 velhas preocupações. Nasce uma nova. Serenamente.

A casa mais espaçosa – flatmate de férias, a casa mais vazia.

Uma sexta para abastecer a dispensa. Albert Heijn, supermercado ao lado da porta, fechado para obras. Noite de Sexta caseira com aquecimento central. Falta uma lareira em J J Cremerplein.

Telefonemas recebidos do Porto sabem bem. Esta semana foram muitos e de muitas pessoas. Lambão como sou apetece-me agora receber cartas ou postais à maneira antiga. Daqueles em que se lambe o selo e o envelope, esquecendo a higiene e deixando o cunho pessoal.

“Conta-me histórias” que eu conto as minhas. Mercantilismo de ideias.

Vejo o filme que ainda não estreeou e que todo o Brasil já viu. Viva os camelots! “Tropa de elite”. O Bope é f**@!

O Sr. Carlos conta-me a meio da bifana como se compra um árbitro para uma final Europeia de 87. Rio-me. Os encantos e as “estórias” da geração anterior ã anterior geração de emigrantes. “Conta-me histórias”.

“Hoje acordaste de uma forma diferente dos outros dias”. “Requiem for a dream”. Já alcançado. Desenha-se um novo com os dedos … Descobre-se que não há a certeza inquestionável.

Fazem-se novos amigos mandam-se à merda alguns velhos. Sente-se que na cidade onde estão 10 graus há amizades cada vez mais verdadeiras. O tal ciclo dos 3 mosqueteiros em que é difícil mais alguém entrar.

Lava-se a roupa suja a 30 graus. Não se passa a ferro.

“Há qualquer coisa de leve na tua mão...Fazes muito mais que um sol... Quero ser razão para seres maior... Mas que juntos somos mais”. Simples...

Janta-se na varanda. “Quero ser do espaço ondes estás”. Ou não. No teu espaço finge-se que se trabalha até às 21h. Neste espaço trabalha-se até às 17h e por vezes também se finge.

Planos ibéricos para a visita sagrada e almoço de fim de semana no Puccini. Chiquito doente.

Um fim de semana em tudo igual aos outros? Não. Diferente nas pequenas coisas. E são essas as que sabem bem. São essas as que fazem a diferença.
Porra que hoje estou sentimental. Venha de lá essa carapaça!

Té já

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