(Re)Lembranças
Era o sétimo dia da semana. Aquele que a Bíbilia ditava como dia de descanso.
E eles descansavam. Com o sol a bater na cara. Na sala sem cortinas. No topo do prédio sem vizinhos da frente.
Aquela já não era a sua casa de todos os dias. Passava a ser a sua casa de algumas tardes e poucas noites.
A Manela cantava. E eles riam. Petiscavam. Preguiçavam.
Trocavam olhares e versos. A Manela cantava.
O diálogo ficava para trás. As falas eram olhares, as palavras sorrisos. E eles olhavam e eles sorriam.
O tempo corria depressa. Um copo meio vazio e outro meio cheio. Brindavam ao momento, a uma tarde cheia de nada e repleta de tudo.
Aquela tarde de pequenos momentos parecia ser a tarde das suas vidas. O lado esquerdo batia depressa, trocavam carícias e não despiam os corpos. Não era preciso.
Mal sabiam eles que dançavam na corda bamba… Que cedo os copos ficariam vazios, as discussões far-se-iam de palavras, o silêncio de gritos mudos.
E fingindo um sorrindo triunfante, ele sentia-se de novo a dar passos em volta. E perguntava: “Quem ainda acredita em histórias com final feliz? “. Tinham os dois perdido a guerra.
E eles descansavam. Com o sol a bater na cara. Na sala sem cortinas. No topo do prédio sem vizinhos da frente.
Aquela já não era a sua casa de todos os dias. Passava a ser a sua casa de algumas tardes e poucas noites.
A Manela cantava. E eles riam. Petiscavam. Preguiçavam.
Trocavam olhares e versos. A Manela cantava.
O diálogo ficava para trás. As falas eram olhares, as palavras sorrisos. E eles olhavam e eles sorriam.
O tempo corria depressa. Um copo meio vazio e outro meio cheio. Brindavam ao momento, a uma tarde cheia de nada e repleta de tudo.
Aquela tarde de pequenos momentos parecia ser a tarde das suas vidas. O lado esquerdo batia depressa, trocavam carícias e não despiam os corpos. Não era preciso.
Mal sabiam eles que dançavam na corda bamba… Que cedo os copos ficariam vazios, as discussões far-se-iam de palavras, o silêncio de gritos mudos.
E fingindo um sorrindo triunfante, ele sentia-se de novo a dar passos em volta. E perguntava: “Quem ainda acredita em histórias com final feliz? “. Tinham os dois perdido a guerra.
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